Manifesto Oil Fantasy #05: Um problema que pode ser resolvido

Obviamente uma lista em tópicos, sem muita explicação, não é suficiente para delimitar o bom desafio, então é bom investigarmos cada um deles.

Então vamos entender o que é cada um destes atributos do bom desafio? A começar pelo problema que pode ser solucionado.

O bom desafio propõe um problema que pode ser solucionado

Por que esse problema deve ser solucionável? E os jogos pessimistas, macabros, apocalípticos do juízo final, metal norueguês, em que o fim inexorável está próximo, como ficam? Não trazem bons desafios?

O que não tem remédio, remediado está. Problemas sem possibilidade de solução até criam situações interessantes, mas não tem força, por si só, para tracionarem uma aventura de Oil Fantasy, que é propositalmente dependente desta agenda. Eles podem até ajudar a compor pressão sobre os jogadores, mas não podem ser o fator único da aventura.

"Faltam 3 dias para o juízo final e nada que se possa fazer resolve isso. O que vocês fazem?"

Isso é um bom elemento de pressão, mas como não há nada que se possa fazer, o jogo vai fluir muito melhor se o problema principal for algo como: 

 "Através de um presságio, vocês descobriram que há como conseguir redenção de suas vidas bandidas. Caso consigam fazer o podre Tio Massaroca confessar todos os seus pecados, vocês serão poupados do inferno, em troca de uma vida eterna apenas monótona. O que vocês fazem?"

A proposta agora é fazer o Tio Massaroca confessar. O problema é que ele não passa de uma pessoa monstruosa, maldosa e odiosa que, dizem, divide a casa com o diabo. O dia do Juízo Final acontecer em 3 dias apimenta ainda mais esse desafio, trazendo contornos dramáticos e possibilidades interessantes de se explorar na ficção. Bem melhor, não acha?

 

No mais, você pode até não saber como um desafio pode ser solucionado exatamente, desde que ele admita variadas formas de ser resolvido, mas isso é um papo para uma publicação futura.

 

Na próxima, vamos trocar idéia sobre oportunidades. Até lá.