Aquarela #01: Oil Fantasy como Pintura

 Pintura rupestre em Serranópolis, Goiás.

Não faz muito tempo que a gente pintava as cenas mais importantes das nossas vidas nas paredes das cavernas onde morávamos com nossas famílias e amigos. A gente caçava um bicho para se alimentar e usava o sangue dele para desenhar a aventura na parede. 

Gosto de imaginar que isso não era só um jeito de contar uma história interessante para as pessoas que amávamos, mas também era um jeito de permitir que elas vivessem conosco essa história na imaginação delas. E quer saber mais? 

Em algum lugar, essa história reacontecia

Quando a gente pintava a história de uma aventura nas paredes de uma caverna, isso não era só uma forma da audiência reviver essa aventura. Quem pintava e recontava essa aventura revivia tudo de novo. Se teletransportava pra lá outra vez, se é que um dia tinha estado lá. Um amigo ouvia uma história incrível sobre uma aventura que você tinha vivido e depois ele a recontava para os amigos dele como se tivesse participado dela com você. Ou sem você. O caô da idade da pedra ia virando um grande jogo de realidade virtual que usa a melhor tecnologia que já inventaram. 

A imaginação humana. 

Aí, muitos anos depois, alguém reencontrou a pintura na parede da caverna, e, por mais borrada que ela estivesse, essa pessoa reviveu essa aventura novamente.

A gente aprendeu a pintar aventuras de diversos jeitos. 

O RPG de mesa talvez seja um dos mais mais simples e sofisticados.






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